Para os apaixonados por comunicação, é inegável que um dos atrativos é o dinamismo e como estamos sempre mudando e aprendendo algo novo. Entretanto, junto com essas mudanças, também temos que nos atualizar e aprender novas formas de nos conectar e transmitir informações. Foi assim que as redes sociais ganharam espaço e força. Afinal, por mais rápidas que as mídias possam ser, ninguém consegue competir com a velocidade do Instagram, Twitter e Tiktok.
Segundo o estudo realizado pela Comscore, consultoria americana de análise de mídia, 96% dos usuários brasileiros consomem notícias online, sendo que 64% apontam o Instagram como rede favorita para interagir com conteúdos noticiosos. Esse hábito fez com que tanto leitores quanto jornalistas realizassem mudanças na forma de se comunicar. Hoje em dia, é comum vermos os celulares constantemente utilizados em coletivas, entrevistas e, até mesmo, por repórteres em telejornais. Além disso, muitas vezes as pautas noticiadas são apresentadas primeiro em redes como o twitter, por exemplo.
Outro comportamento comum é o tamanho de textos e vídeos. Nada muito longo e que não apresente logo as informações importantes, se for assim, perde o leitor/telespectador. Os antigos 140 caracteres do Twitter se tornaram a máxima quando o assunto é informação. Entretanto, o que isso representa para a comunicação? Por mais que seja cômodo estar com as notícias todas a distância de um like, ainda precisamos nos preocupar com a veracidade e apuração desses fatos. Nem tudo que está na internet é verdade! Prova disso são as tão temidas (e irritantes) fake news que bombardeiam nossos telefones todos os dias.
A comodidade, nesses casos, pode ser um risco para nós, comunicadores, quando não está aliada a profundidade. Por mais que gostemos de entender logo sobre o que se trata, e acreditem, sou uma grande fã desse recurso, não podemos abandonar as pesquisas aprofundadas. Afinal, quem não se aprofunda em nada é especialista em que?
Dito isso, acredito mesmo que, como profissionais de comunicação, nosso papel é estar conectados nas redes sociais para entender quais assuntos mais têm sido abordados pelo público para nos mantermos atualizados e gerar insights. Entretanto, nada de abandonar uma das características que citei no início desse texto: o estudo! Acompanhar tendências ou vídeos de curiosidades no Tiktok não vai te fazer conhecer melhor o cenário e mercado do cliente, mas buscar por notícias mais aprofundadas, artigos e pesquisas, sim.